A pesquisa “Consulta Brasil: o que as crianças e adolescentes têm a dizer sobre o uso das tecnologias da informação e comunicação (TIC)” é uma iniciativa da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (SNDCA/MMFDH), em parceria com a entidade civil Viração Educomunicação. A publicação contém relatos de 6,3 mil participantes com idades entre 9 e 17 anos, de todas as regiões do país. O objetivo do material consiste em orientar a sociedade sobre a utilização da tecnologia na faixa etária.
Entre as constatações, a pesquisa aponta que 66% das crianças declararam ter começado a usar redes sociais antes dos 12 anos, inclusive mentindo sobre a idade para ter acesso a um perfil. Por outro lado, apenas metade dos entrevistados informou que possuir algum acompanhamento dos pais ou responsáveis durante as atividades que fazem na internet.
Neste sentido, o titular da SNDCA, secretário Maurício Cunha, ressalta que é dever do Estado, da família e da sociedade zelar pela defesa e promoção de direitos do segmento, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ele também cita que é preciso combater práticas criminosas virtuais, como a pornografia infantil na internet.
Perfil
Segundo a pesquisa, 86% das crianças e adolescentes usam a internet diariamente e 80% da faixa etária até 12 anos informou acessar no mínimo 1 vez por dia. Do total que “não usa”, 15% vive em área rural e 2,5% em área urbana.
Para 51% dos entrevistados, os adolescentes se abrem mais na internet do que com os pais. Para completar, 46% afirma que se tivessem mais atenção da família, as crianças e adolescentes passariam menos tempo no celular.
“É preciso rever prioridades. De acordo com a percepção dos próprios entrevistados, há muito conteúdo impróprio e perigoso na internet, embora a rede virtual possa ajudar de diferentes maneiras. Nós gestores, pais e responsáveis precisamos estar cada vez mais atentos para combater crimes virtuais e proteger nossas crianças e adolescentes”, conclui o secretário.
Embora seja uma ferramenta de grande potencial, é importante fazer um uso consciente e seguro da internet, evitando assim qualquer situação de risco.